A Dengue é uma doença que assola todo o país. Municípios vizinhos já tem transmissão e oferecem riscos também aos seus visitantes. Tapiraí é uma das poucas cidades que não se inclui neste quadro dramático, mas a situação já mudou e pode piorar se não houver uma colaboração mútua, entre cidadãos e poder público.
É exatamente nisso que a Secretaria da Saúde, por meio da Vigilância Sanitária Municipal, está trabalhando. Quinzenalmente, a técnica da Vigilância visita nove pontos estratégicos para saber se existe alguma larva do inseto e, três vezes ao ano, realiza a avaliação de densidade larvária, que tem como objetivo principal avaliar os níveis de infestação no município e identificar os recipientes existentes. Além disso, a técnica conta, agora, com a colaboração dos Agentes de Saúde do programa Estratégia Saúde da Família (ESF), que realizam as visitas casa a casa para detecção de possíveis focos e orientação aos moradores. ?Não posso parar com esta atividade, pois é nela que detectamos o foco do mosquito que transmite a dengue. Temos, também, um imóvel especial, que é considerado como um ponto mais propício para a transmissão do vírus e estamos sempre de olho nos resultados?, explicou a técnica.
Segundo a responsável pela Vigilância Sanitária, os recipientes que predominam nas residências e podem ser considerados possíveis criador do mosquito da dengue em Tapiraí são entulhos de obras, vasos sanitários (sem utilidade), pneus, além de potinhos de margarina e sorvete, latinhas e garrafas retornáveis (de vidro) que, geralmente, as pessoas deixam no quintal de suas casas. ?As vezes as pessoas se preocupam com o quintal do vizinho e se esquece do dele próprio. Temos que estar atento para não termos foco de dengue na casa?, reforça.
A Vigilância Sanitária solicita a colaboração dos munícipes para entrar nas residências para vistoria. ?Algumas pessoas tem receio em nos receber, achando que vamos falar mal e etc. Mas não, nós queremos orientar a população de como deve ser feito o trabalho preventivo para que cada um colabore e, juntos, combateremos a Dengue?, enfatizou. Os funcionários que trabalham na prevenção e combate a doença são devidamente identificados com crachá.
Arrastões contra Dengue
Dois arrastões já aconteceram no município para combater a Dengue, Zika e Chikungunya, sendo um no Turvo e Quaresmal, entre os dias 23 e 27 de novembro, e o último na área central da cidade, realizado entre os dias 22 e 26 de fevereiro. Em ambos a Vigilância Sanitária contou com total apoio das agentes de saúde municipais, tanto do ESF Turvo como do ESF Centro.
Mais de 10 caminhões de entulhos e recipientes vazios foram recolhidos de ambos arrastões, além da orientação casa a casa sobre os cuidados com a Dengue.
Faça sua parte
Regrinhas básicas que se vê nos comerciais de TV ou nos panfletos distribuídos pela Secretaria da Saúde são fundamentais para espantar a Dengue da cidade, como virar garrafas com a boca para baixo, colocar areia nos recipientes embaixo dos vasos, furar pneus velhos e sem uso para não acumular água, tampar caixas d´águas e etc. ?O trabalho contra a Dengue nunca pode parar. O combate a Dengue deve ser feito todos os dias do ano?, enfatizou a técnica, endossando que o Município não trabalha sozinho. ?Nós fazemos a nossa parte visitando os pontos estratégicos e as residências, mas o município é muito maior que isso e dependemos de cada um para o sucesso nos resultados?, finalizou.