Durante o encontro, Sandro Marques, presidente do Conselho da Pessoa Portadora de Deficiência de Santos, explanou sobre a necessidade e importância de lutar pelos direitos. “A função do conselho é orientar o executivo para que ele trabalhe de forma correta no que tange aos que possuem necessidades especiais, seja ela qual for”. Ele falou, também, sobre o preconceito com a pessoa especial. “O preconceito nada mais é que a falta de informação que as pessoas tem sobre as políticas públicas voltadas ao portador de necessidades especiais, que existem e que cada um tem o dever de saber para lutar pelos seus direitos” e endossou um exemplo “Hoje a pessoa pode ser ‘normal’, mas chega uma etapa da vida, que todos nós seremos portadores de necessidades especiais, porque com a idade vem a perda de visão, de audição e, muitas vezes, locomotora”.
Marques disse, ainda, que participou de uma palestra onde um geriatra explicou a um auditório lotado de alunos de engenharia e arquitetura de uma universidade famosa que eles devem ser egoístas ao projetarem. “Dizendo isso, fiquei perplexo, sem entender, mas ele finalizou dizendo: sejam egoístas e projetem como se tivessem 80 anos. Fechou com chave de ouro a palestra porque é exatamente isso que devemos pensar, afinal não sabemos do nosso amanhã”.
Alemão Packer estava também na reunião. Ele é membro do Conselho Estadual da Pessoa Portadora de Deficiência e do Conselho de Juquiá. “É necessário que o município tenha o Conselho e que ele brigue pelos direitos e deveres do portador, que junto com o executivo fiscalize obras para ver se está de acordo com o que pede a Lei”, comentou.
Os visitantes presentearam o Chefe do Executivo com cartilhas educativas. “Nós pensamos no portador de deficiência quando estamos desenvolvendo algum projeto. Essa já é uma realidade de Tapiraí. Nas reformas estamos incluindo banheiros acessíveis, rampas e etc. Se queremos receber um número, cada vez maior, de turistas temos que pensar em todos os públicos”, disse o executivo.